Na última segunda-feira (02/12), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu um adolescente de 17 anos suspeito de cometer um ato infracional análogo à tentativa de homicídio. O caso, ocorrido em plena luz do dia na última quinta-feira (28/11), no bairro Esplanada da Estação, em Itabira, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, chocou a comunidade local pela brutalidade.
Detalhes do crime
De acordo com as investigações conduzidas pela equipe da Delegacia Regional de Itabira, o adolescente, que é filho de um empresário da cidade, teria atraído a vítima, um jovem de 19 anos, para um encontro sob o pretexto de resolverem uma desavença anterior. No entanto, ao chegar ao local combinado, a vítima foi surpreendida com mais de 15 disparos de arma de fogo, configurando o que as autoridades classificaram como um ato de covardia.
A vítima, que é neto do juiz aposentado Dr. Celso Seabra, foi atingida por dois tiros, mas conseguiu escapar e ser socorrida a tempo, evitando um desfecho fatal. A motivação do crime foi descrita pela polícia como “motivo torpe”, ou seja, sem justificativa plausível, o que agrava a gravidade do ato infracional.
Apreensão do suspeito
Após intensos trabalhos investigativos e a expedição de mandados de busca e apreensão, o adolescente se apresentou em Belo Horizonte, onde foi cumprida a ordem judicial de internação provisória. Ele foi encaminhado ao sistema socioeducativo, onde permanece à disposição da Justiça enquanto o caso é apurado.
Repercussão e indignação
O caso repercutiu amplamente em Itabira, principalmente devido ao perfil das famílias envolvidas. A vítima, neto de uma autoridade respeitada na cidade, e o suspeito, filho de um empresário, são membros de famílias conhecidas na comunidade, o que trouxe ainda mais atenção ao crime.
Moradores expressaram indignação com a brutalidade do ato, principalmente pelo uso excessivo de violência e o motivo fútil que resultou em tamanha agressão. “Foi um crime covarde e premeditado. A população espera que haja justiça para que situações como essa não se repitam”, comentou um comerciante local.
Esforços da Polícia Civil
O delegado responsável pela investigação destacou o empenho das equipes na resolução do caso. “Este foi um crime grave, ocorrido em plena luz do dia e com requintes de crueldade. Atuamos com celeridade para garantir que o suspeito fosse apreendido e que o processo tenha andamento conforme a legislação. Seguimos comprometidos com a segurança da população”, afirmou o delegado.
Próximos passos
As investigações continuam para esclarecer todas as circunstâncias e responsabilidades no caso. A Polícia Civil também apura se houve o envolvimento de terceiros na execução do crime. O adolescente permanece no sistema socioeducativo, onde será submetido às medidas cabíveis previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A comunidade, por sua vez, espera que a Justiça atue de forma firme, trazendo uma resposta adequada para o crime e garantindo a paz social na região.
Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)